A Flor de Lótus, Yoga e Ayurveda
Por Sheila Quintaneiro – “Jornal Prana”
De origem asiática a Nenumbo Nucífera, conhecida como lótus-da-Índia é uma flor muitíssimo especial. Ela no oriente é considerada sagrada. No hinduísmo seu significado está ligado à pureza do corpo, da mente, do espírito e a evolução espiritual.
Ela é uma flor aquática, com raízes, cujos rizomas se firmam no lodo do fundo dos lagos. Podemos encontrá-las em diversas cores, rosa profundo, rosa claro, amarela, azul, lilás, branca, talvez por isso também represente os símbolos, yantras dos chakras, os centros de energia, que temos no nosso corpo energético, prânico, pranamayakosha, segundo a filosofia yoguica, tântrica, começando com quatro pétalas no chakra básico até mil pétalas no chakra superior o coronário.
Elas enfeitam os templos na Índia e está muito ligada à Deusa Lakshimi, consorte de Vishnu, Deusa da prosperidade, saúde e beleza.
Suas pétalas que tão bem refletem a luz tem o dom de “auto limpeza”, quer dizer, que elas conseguem rejeitar microrganismos e poeiras. É a única planta que regula o seu calor interno, mantendo-o por volta dos 35 graus, que é a mesma temperatura do nosso corpo. Suas sementes podem germinar após treze séculos, possuindo assim uma longevidade única. Todas as partes dela são utilizadas na fitoterapia ayurvédica, a ciência da longevidade.
Os seus princípios ativos são o betacaroteno, cálcio, carboidrato, cobre, ferro, nelumbina, magnésio, óleos essenciais, potássio, proteína, sais, sódio, tanino, vitamina C, zinco. Dentre suas proprieedade medicinais, podemos citar que ela é adstringente, afrodisíaca, antioxidante, emenagoga, hemostática, hipotensa, rejuvenescedora e sedativa
Portanto suas raízes em forma de decocção, podem ajudar no processo de tratamento de problemas respiratórios, afecção e sangramento uterino, catarro pulmonar, cólera, desobstrução das vias respiratórias e eliminação das secreções, diarréia, distúrbio estomacal, enfisema pulmonar, febre, gripes, laringite, pneumonia, rinite, suores da menopausa, tosse e vômito.
Suas sementes também tratam diarréia, hemorragia uterina, hemorróidas, envenenamento por cogumelos, problemas de fala (gagueira), resfriados, sinusite, tosse, tosse seca.
Modo de usar:
Parte utilizada: planta inteira; raiz.
Deixar uns nove pedaços da raiz, cortados em rodelas se for comprada seca, em seis xícaras, com água da noite para o dia ferver até a metade, ou seja restando três xícaras, Tomar uma xícara do chá, três vezes ao dia.
Como uma flor que nasce no lodo pode ser tão bela? Trazer-nos saúde, nos iluminar? Nos inspirando neste caminho até a transcendência!
Assim somos nós os seres humanos, “nascido do barro” lutando com nossas dificuldades à cada dia, à cada geração à cada século, à cada milênio! Se decidirmos seguir, o “mapa” dos Rishis, sábios hindus, o passo à passo através do yoga, da filosofia védica, pra termos como esta bela flor, beleza, saúde, espiritualidade chegaremos lá. Se aprendermos a nos auto regenerarmos, através do nosso sadhana, prática de yoga com asanas, posturas e meditação. Aliás temos a postura de lótus, padmasana, excelente para meditar, praticar os pranayamas e mantras, podemos sim chegar à iluminação. Tomaremos então, consciência de quem realmente somos, da nossa luz interior. Que somos essa pequenina estrela cósmica, de passagem neste planeta Terra.
Que possamos sempre fazer o melhor por cada estrelinha que nos acompanha nesta jornada, para brilharmos juntos, entre milhões de galáxias que possuem este mundo infinito. Namastê!